terça-feira, 17 de março de 2009

INTERNET

66% dos pais brasileiros admitem monitorar os filhos na web

Eles ainda acham mais fácil falar sobre sexo do que sobre sites visitados.
Pesquisa feita em 12 países aponta jovens do Brasil como os mais sociais.

Um estudo divulgado nesta terça-feira (17) pela empresa de segurança Symantec aponta que 66% dos pais brasileiros monitoram a atividade de seus filhos na internet – seja lendo e-mails ou rastreando os sites visitados por esses jovens. O mesmo levantamento indica que, no Brasil, os pais estão mais preparados para discutir sexo com os filhos (72%) do que abordar quais páginas visitadas por eles durante a navegação (66%).

O estudo ouviu mais de 9 mil internautas de 12 países, sendo 600 deles brasileiros. Do total de entrevistados entre outubro e dezembro de 2008, 6.427 tinham 18 anos ou mais e 2.614 tinham entre 8 e 17 anos. Segundo as estatísticas globais, 70% dos pais conversam com os filhos sobre segurança na internet (aumento de 20% em relação ao ano passado).

“Há diversas formas para rastrear os sites que as crianças e jovens visitam, mas nada substitui o diálogo. Hoje os ataques e ameaças na internet são bastante diversificados e, por isso, a prevenção aos problemas deve abordar todas as possibilidades”, afirmou Fabiano Tricário, gerente de vendas da Symantec do Brasil, durante entrevista coletiva por telefone.

De acordo com o estudo, a dificuldade em falar sobre o uso da internet está ligada a alguns obstáculos encontrados pelos pais: eles não sabem como criar regras de utilização, não tinham acesso a essa tecnologia quando cresceram e não fazem ideia ao que precisam ficar atentos. Por isso, Tricário aconselha a conversa freqüente com os filhos, a criação de regras realistas, o uso de medidas preventivas de segurança e a participação na vida virtual dos mais jovens.

“De nada adianta proibir as crianças de usarem a internet, porque elas acabarão tendo acesso em outros lugares”, disse o executivo brasileiro. Prova disso é um dado dessa mesma pesquisa: 22% das crianças navegam na internet na casa de seus amigos, onde as regras de utilização podem ser bem diferentes e mais flexíveis.

Os pais brasileiros acreditam que seus filhos passam cerca de 56 horas mensais na internet, quando na realidade esse período chega a 70 horas mensais. Desse total, 13 horas são gastas em sites de relacionamento, o que faz deles os jovens mais sociais dos 12 países pesquisados (Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Estados Unidos, França, Índia, Inglaterra, Itália, Japão e Suécia).

Amigos virtuais

Um levantamento considerado positivo é o fato de os jovens brasileiros de 8 a 17 anos incluírem seus pais em suas vidas virtuais: 70% deles têm seus responsáveis em alguma lista on-line de amigos (comunicador instantâneo, e-mail, rede social ou outro), contra 25% na média global. Especificamente nas listas de e-mail, 79% dos jovens brasileiros acrescentam seus pais, enquanto 60% deles o fazem em sites de relacionamento.

Apesar de os adultos estarem presentes em suas vidas virtuais, 76% dos jovens do mundo admitem seguir as regras do mundo virtual criadas por seus pais – o restante ignora essas “leis” ou pelo menos parte delas.

Em 2008, um em cada cinco usuários jovens disse ter sido reprimido pelos pais, devido a comportamento inapropriado na internet. Se considerado somente o Brasil, cerca de 33% dos pais descobriram que os filhos se comportavam de maneira inadequada no ambiente virtual. Quase metade deles (48%) disse que repreenderia jovens nesses casos.


Fonte: G1

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